A importância da Sociolinguística para o estudo da Língua Portuguesa
Ao adentrar-se no campo da linguística é inevitável tampouco inquestionável estabelecer uma relação de extrema analogia entre a linguagem e a sociedade, ainda que a mesma, por mais que não seja posta em dúvida, torne-se ausente dentro das reflexões sobre o fenômeno linguístico.
Fazendo-se um estudo sobre a humanidade, especificando a literatura como sistema denunciador da leitura e compreensão do mundo, chega-se a uma nova visão coberta de criticidade em que o homem não mais é resumido ao produto do seu determinado contexto histórico, como também se reflete, em aspectos evolutivos ou retrocedentes, de acordo com a sua capacidade de se manifestar diante do seu meio (político, econômico ou socialmente), e do seu poder intuitivo de decodificar o caminho das ações e seus respectivos resultados. Dessa forma percebe-se que a história da humanidade está intimamente ligada aos seus diversos sistemas de organização social, esclarecimento preenchido na literatura, mas tão importante quanto a este aspecto existe os sistemas de comunicação oral, ou seja, a língua utilizada como conjetura da linguagem. Com outras palavras, a língua é um sistema propício para sofrer e contribuir com variações dentro das transformações econômicas, políticas e sociais. Linguagem e sociedade tendenciam alterações uma da outra, assim surgiu a Sociolinguística como um ramo lingüístico para estudar tal relação entre ambas, e que estreita a língua a aspectos como o contexto social, histórico e cultural, que durante muito tempo foram vistos como relevantes e frutíferos.
Saussure, renomado linguista francês, foi o primeiro a separar língua de fala, sendo dicotômico ao privilegiar o caráter formal e estrutural do fenômeno linguístico (aspecto interno) ao mesmo tempo em que afirmava ver os aspectos externos, ainda que frutíferos, como imprescindíveis para o organismo linguístico interno. Após determinada filosofia, Saussure iniciou os estudos dos aspectos lingüísticos a partir da década de 1930, que mais tarde se consagraria por se tornar minuciosa.
Os frutos desse trabalho esmiuçado, a qual a língua fora submetida na tentativa de desconciliá-la ao paradoxo susseriano, surgiram na década de 1960, com o lingüista americano William Labov, que destacou os fatores sociais (idade, sexo, ocupação, origem étnica e atitude) como papel determinante na explicação da variação lingüística. Diante dessas pesquisas pode-se proferir que o objeto da Sociolingüística é o estudo da língua falada e analisada precisamente em seu contexto social, ou seja, em plena utilização. Tânia Maria Alkmim, em sua obra “Introdução à Linguística”, ressalta a ideia de que todas as línguas do mundo são sempre continuações históricas, “as gerações sucessivas de indivíduos legam a seus descendentes o domínio de uma língua particular”. Porém não existe um estudo apto da história das línguas sem percepções de mudanças nas mesmas, mudanças muitas vezes irreversíveis e determinantes, tira-se como exemplo a língua originária do Português, o Latim, que sofrera várias transformações de acordo com o seu contexto social. As variações como o latim plebeu (falado pela classe baixa), o latim castrense (falado pelos soldados), o latim rural (falado pelos camponeses), o latim náutico (falado pelos marinheiros) e o latim proletário (falado pelos operários) provocaram um processo de formação de outras línguas, chamado de Romanço. Conclui-se então que uma língua não é homogênea, posto que seja convencional, e está a disposição de se interagir entre os indivíduos, variando no tempo e no espaço.
Aplicar a Sociolinguística no ensino de Língua Portuguesa significa ampliar o conhecimento do aluno sobre o fenômeno linguístico, preenchendo determinadas lacunas resultantes da “imposição” de uma língua padronizada em oposição à diversidade sócio-cultural e geográfica. Essa é uma forma de se trabalhar a variação, não como uma pobreza lingüística que preconceituosamente se estereotipa, e sim como um recurso de menor esforço, como uma linguagem ligada à idade, sexo, profissão, etc., como uma tradição histórica e cultural, dentre outras manifestações. A comunicação oral é algo relevante, pois não significa que o emissor desconheça a normatividade da língua, tornando o falar uma forma espontânea, simples e bem mais prática de se comunicar.
Deve-se passar uma linha divisória entre língua escrita e língua falada, mostrando-se respeito de uma para com a outra, enaltecendo a importância de ambas para o processo comunicativo, isso sem prejudicar o aprendizado e sem provocar negligência do aluno quanto à língua padrão. O professor identificando o uso de regras não-padrão, não precisa intervir a princípio, podendo, evitando qualquer constrangimento por parte do aluno, apresentar, logo em seguida, o modelo correto segundo as normas da língua escrita.
Ainda com o avanço dos estudos sociolingüísticos é possível deparar-se com professores que alimentam o desrespeito e as desigualdades lingüísticas, tratando as variedades da língua como supérfluas ações de desleixo e ignorância, às vezes sem se darem conta que mantêm atitudes de preconceito linguístico aos alunos e, conseqüentemente, à sociedade. Cabe ao professor conscientizar constantemente suas turmas em prol de formar plenos cidadãos capacitados para a vida, para o mercado de trabalho, para se tornarem sábios na exposição do conhecimento no realizar da cidadania, e para decodificarem o fenômeno linguístico na complexidade de suas reflexões.
Fazendo-se um estudo sobre a humanidade, especificando a literatura como sistema denunciador da leitura e compreensão do mundo, chega-se a uma nova visão coberta de criticidade em que o homem não mais é resumido ao produto do seu determinado contexto histórico, como também se reflete, em aspectos evolutivos ou retrocedentes, de acordo com a sua capacidade de se manifestar diante do seu meio (político, econômico ou socialmente), e do seu poder intuitivo de decodificar o caminho das ações e seus respectivos resultados. Dessa forma percebe-se que a história da humanidade está intimamente ligada aos seus diversos sistemas de organização social, esclarecimento preenchido na literatura, mas tão importante quanto a este aspecto existe os sistemas de comunicação oral, ou seja, a língua utilizada como conjetura da linguagem. Com outras palavras, a língua é um sistema propício para sofrer e contribuir com variações dentro das transformações econômicas, políticas e sociais. Linguagem e sociedade tendenciam alterações uma da outra, assim surgiu a Sociolinguística como um ramo lingüístico para estudar tal relação entre ambas, e que estreita a língua a aspectos como o contexto social, histórico e cultural, que durante muito tempo foram vistos como relevantes e frutíferos.
Saussure, renomado linguista francês, foi o primeiro a separar língua de fala, sendo dicotômico ao privilegiar o caráter formal e estrutural do fenômeno linguístico (aspecto interno) ao mesmo tempo em que afirmava ver os aspectos externos, ainda que frutíferos, como imprescindíveis para o organismo linguístico interno. Após determinada filosofia, Saussure iniciou os estudos dos aspectos lingüísticos a partir da década de 1930, que mais tarde se consagraria por se tornar minuciosa.
Os frutos desse trabalho esmiuçado, a qual a língua fora submetida na tentativa de desconciliá-la ao paradoxo susseriano, surgiram na década de 1960, com o lingüista americano William Labov, que destacou os fatores sociais (idade, sexo, ocupação, origem étnica e atitude) como papel determinante na explicação da variação lingüística. Diante dessas pesquisas pode-se proferir que o objeto da Sociolingüística é o estudo da língua falada e analisada precisamente em seu contexto social, ou seja, em plena utilização. Tânia Maria Alkmim, em sua obra “Introdução à Linguística”, ressalta a ideia de que todas as línguas do mundo são sempre continuações históricas, “as gerações sucessivas de indivíduos legam a seus descendentes o domínio de uma língua particular”. Porém não existe um estudo apto da história das línguas sem percepções de mudanças nas mesmas, mudanças muitas vezes irreversíveis e determinantes, tira-se como exemplo a língua originária do Português, o Latim, que sofrera várias transformações de acordo com o seu contexto social. As variações como o latim plebeu (falado pela classe baixa), o latim castrense (falado pelos soldados), o latim rural (falado pelos camponeses), o latim náutico (falado pelos marinheiros) e o latim proletário (falado pelos operários) provocaram um processo de formação de outras línguas, chamado de Romanço. Conclui-se então que uma língua não é homogênea, posto que seja convencional, e está a disposição de se interagir entre os indivíduos, variando no tempo e no espaço.
Aplicar a Sociolinguística no ensino de Língua Portuguesa significa ampliar o conhecimento do aluno sobre o fenômeno linguístico, preenchendo determinadas lacunas resultantes da “imposição” de uma língua padronizada em oposição à diversidade sócio-cultural e geográfica. Essa é uma forma de se trabalhar a variação, não como uma pobreza lingüística que preconceituosamente se estereotipa, e sim como um recurso de menor esforço, como uma linguagem ligada à idade, sexo, profissão, etc., como uma tradição histórica e cultural, dentre outras manifestações. A comunicação oral é algo relevante, pois não significa que o emissor desconheça a normatividade da língua, tornando o falar uma forma espontânea, simples e bem mais prática de se comunicar.
Deve-se passar uma linha divisória entre língua escrita e língua falada, mostrando-se respeito de uma para com a outra, enaltecendo a importância de ambas para o processo comunicativo, isso sem prejudicar o aprendizado e sem provocar negligência do aluno quanto à língua padrão. O professor identificando o uso de regras não-padrão, não precisa intervir a princípio, podendo, evitando qualquer constrangimento por parte do aluno, apresentar, logo em seguida, o modelo correto segundo as normas da língua escrita.
Ainda com o avanço dos estudos sociolingüísticos é possível deparar-se com professores que alimentam o desrespeito e as desigualdades lingüísticas, tratando as variedades da língua como supérfluas ações de desleixo e ignorância, às vezes sem se darem conta que mantêm atitudes de preconceito linguístico aos alunos e, conseqüentemente, à sociedade. Cabe ao professor conscientizar constantemente suas turmas em prol de formar plenos cidadãos capacitados para a vida, para o mercado de trabalho, para se tornarem sábios na exposição do conhecimento no realizar da cidadania, e para decodificarem o fenômeno linguístico na complexidade de suas reflexões.
Prosador Poético
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